Aprender a aprender no ambiente corporativo: o que você precisa saber
5/7/20253 min read


A capacidade de continuar aprendendo é uma das competências mais valorizadas no ambiente de trabalho atual. Em um mundo em constante transformação, onde os conhecimentos se renovam em alta velocidade, saber “aprender a aprender” tornou-se um diferencial estratégico para profissionais de todas as áreas e níveis.
Além das habilidades técnicas (hard skills), muitas vezes adquiridas por meio de formações convencionais como graduação e pós-graduação, ganham destaque as habilidades comportamentais (soft skills), tão ou mais importantes para o exercício profissional. Diante disso, fica cada vez mais claro que o aprendizado deve ser contínuo, como propõe a famosa expressão em inglês: lifelong learning.
Mas será que todo mundo aprende do mesmo jeito?
A resposta é não! Somos únicos, e isso se reflete também na forma como aprendemos. Compreender isso pode ser o primeiro passo para turbinar seu desenvolvimento profissional.
Estudos indicam que a maioria das pessoas apresenta uma combinação equilibrada de estilos de aprendizagem, com predominância de, no máximo, dois estilos.
Estilos de aprendizagem: como você aprende melhor?
Cada pessoa tem uma forma preferencial de aprender, e conhecer o seu estilo facilita a absorção e retenção de novos conteúdos. Os estilos mais comuns são:
Aprender fazendo (cinestésico): pessoas que aprendem melhor colocando a mão na massa, testando e experimentando.
Aprender lendo (visual): quem prefere ler, observar esquemas, gráficos e anotações.
Aprender escutando (auditivo): pessoas que se conectam com falas, áudios, podcasts e explicações orais.
Aprender ensinando (reflexivo): quem consolida o conhecimento quando compartilha com os outros, explica ou escreve sobre o que aprendeu.
Saber o seu estilo pode ajudá-lo a organizar melhor seus estudos e treinamentos no dia a dia corporativo.
O que a neurociência tem a ver com isso?
A neurociência mostra que o cérebro aprende melhor quando está engajado, descansado e emocionalmente envolvido. Ou seja, não basta ter acesso a conteúdo: é preciso repetição, contexto e motivação.
Além disso, o cérebro precisa de pausas, sono de qualidade e variedade de estímulos para consolidar a memória e transformar o que foi aprendido em conhecimento duradouro.
Memória e aprendizado: uma dupla poderosa
A memória de curto prazo retém informações por pouco tempo. Já a de longo prazo precisa de reforços, associações e revisão ativa. Técnicas como flashcards – escrever em cartões, mapas mentais, resumos com palavras-chave e o ensinando algo como se fosse para uma criança (método Feynman) são recursos simples e muito eficazes.
Técnicas de estudo que funcionam no trabalho
Pomodoro: 25 minutos de foco + 5 minutos de pausa.
Mapas mentais: para visualizar conteúdos complexos.
Ensinar alguém: o melhor jeito de saber se realmente aprendeu.
Anotar à mão: ativa mais regiões do cérebro do que digitar.
Checklist de aplicação prática: o que posso usar disso no meu dia a dia? Ou seja, acompanhar e monitorar o que foi aprendido e o que ainda precisa ser revisado e/ou novamente estudado.
Aprender a aprender é uma escolha diária
Não se trata apenas de estudar mais, mas de estudar melhor. Quando você conhece seus padrões, respeita seu tempo e estrutura estratégias eficazes, o aprendizado flui — e você ganha mais autonomia para crescer profissionalmente.
E, aproveitando o tema: se você deseja desenvolver temas como gestão, comunicação, educação, soft skills ou bem-estar com a sua equipe de maneira prática e mão na massa, conte comigo! Vai ser um prazer ser a sua ESCOLHA.
Para saber mais:
Andrade Junior, D. C.; MATOS, M. A. E. Estudo de Estilos de Aprendizagem para Identificação de Técnicas de Ensino para Sala de Aula. Revista ENSIN@ UFMS, Três Lagoas, v. 5, n. 9, p. 662-678. 2024.
DUNN, R.; GRIGGS, S.A. Learning Styles: Quiet revolution in American Secondary Schools. Westport. CT. Praeger, 1995.
KOLB, D. A. Experimental learning: experience as the source of learning and development. New Jersey: Prentice-Hall, Englewood Cliffs, 1984.